sábado, 28 de setembro de 2013

O samba e a marcha

O samba nasceu em meio aos cordões e blocos de carnaval, inicialmente chamados de entrudos. Entretanto, a palavra samba tem origem na umbigada (batida com o umbigo) e quer dizer requebro, batuque. Aos poucos, a música dos entrudos foi tomando uma nova forma, com rítimo menos sincopado para facilitar os desfiles, e expandiu-se logo, tornando-se popular e sobrepujando o maxixe. A música pelo telefone, de Donga e Mauro Silva, considerada o primeiro samba gravado, já nasceu cercada de polêmica: segundo os historiadores, ela é uma mistura de samba de terreiro com ritmo maxixado e possui quatro linhas melódicas distintas. Na época, acreditava-se que tinha sido composta em uma roda de samba que acontecia na casa da baiana Tia Ciata. Dessa forma, Pelo Telefone teria sido composta coletivamente, integrando influências de canções e cantigas folclóricas. Entrou para a história, contudo, como o primeiro samba gravado, com a autoria de Donga e Mauro Silva. Esse fato aconteceu em 1917. A marcha, contemporânea do samba, teve uma infinidade de variações: marcha, marchinha, marcha-rancho. A marcha-rancho surgiu paralelamente à marcha e à marchinha, diferenciando-se destas pelo andamento mais vivo, pela letra maliciosa ou irônica. A primeira marcha a ser gravada na década de 1930 foi A Jardineira, Joubert de Carvalho. Outras marchinhas, marchas e sambas da época: As pastorinhas, Máscara negra, Pierrô apaixonado, Ô abre alas, Palpite infeliz.

Nenhum comentário: